Reiki ganha mais adeptos

 

É difícil acreditar naquilo que não se vê, não se ouve, nem se pega. Talvez por isso mesmo os mais céticos podem torcer o nariz para uma das técnicas da medicina alternativa que vem arrebatando os brasileiros. O reiki – do japonês “energia universal vital” – ganha cada vez mais espaço por aqui com a promessa de promover uma energização do corpo e do espírito por meio do toque e da imposição das mãos. Desenvolvido no século XIX pelo educador japonês Mikao Usui, o método se baseia na existência de uma energia que estaria presente em toda parte, em forma de luz, calor ou mesmo vida. E esta energia teria capacidade de tratar de enxaqueca a depressão. “Entre outras coisas, a energia fortalece o potencial de cura de cada um”, afirma Beth Zanetti, mestre de reiki (pessoa que ensina a arte da aplicação de energia) e filiada à The Reiki Alliance, instituição que congrega 800 mestres no mundo todo.

A técnica não pára de crescer. Segundo a Associação Brasileira de Reiki, há no País cerca de 20 mil pessoas registradas como reikianas (aplicadoras do método), mas esse número deve ser pelo menos três vezes maior. “Nos últimos cinco anos, a procura aumentou 67%. Formávamos 150 reikianos por mês e hoje formamos pelo menos 250”, contabiliza Claudete França, mestre de reiki e presidente da associação. O depoimento de quem se submete ao método explica o crescimento. A gerente de marketing Marta de Oliveira, 37 anos, é uma das que provaram a força da técnica. Depois de ter sido forçada a realizar uma cesariana por causa da pressão constantemente alta, o que podia levá-la à morte, Marta teve depressão pós-parto. “Isso foi há um ano e sete meses, quando nasceu minha filha Luiza. Estava fraca e desmotivada para tudo”, lembra. Para piorar, Marta foi comunicada pelos médicos de que teria de interromper a amamentação para poder tomar antidepressivos. “Recorri ao reiki, cujo curso havia feito alguns meses antes. Minha mestra resolveu o problema em pouco mais de um mês”, conta. Nessa época Marta chegou a receber três aplicações semanais de Reiki, de uma hora e meia cada.

O Reiki também está conquistando profissionais de saúde, que começam a se curvar diante do Usui Shiki Ryoho (sistema de cura do Usui), a linha mais tradicional de ensino da técnica. Um bom exemplo é a enfermeira Aparecida Arikawa, 43 anos. Ela fez o curso de reiki em 1995 e desde aquela época começou a aplicar esta técnica em doentes. “A melhora foi tão grande que colegas minhas entraram na onda”, conta. Hoje, suas colegas Neuza Salatta, 38 anos, e Cristina Otiyama, 45, também utilizam a técnica, que é aplicada em 12 diferentes pontos espalhados pelo corpo e também nas áreas específicas que precisam da energização.

Sucesso

Mas nem só na saúde o reiki faz sucesso. A gerente de contas da Imarés (empresa paulista de serviços e consultoria em informática), Almásia Julião, garante ter dado saltos na sua vida profissional graças à técnica. Apesar de trabalhar na empresa há 14 anos, há dois, quando foi transferida para o setor de vendas, Almásia viu que era muito tímida para lidar com um serviço que exigia extroversão. “Tinha uma postura retraída e tirava comissões super-baixas porque quase não vendia”, conta. Em maio do ano passado, com a entrada do novo gerente de vendas na companhia, Bernardo Ortega, 55 anos e reikiano, Almásia foi apresentada ao método. “Fiz o nível I do curso de reiki e fiquei mais solta. Passei a tirar uma comissão dez vezes maior e há pouco mais de um mês cheguei até a ganhar uma passagem para a Europa como prêmio pelo recorde de vendas”, vibra Almásia. Além dela e de Ortega, a responsável pelo setor de RH, Márcia Salibian também entrou na onda do reiki. Sempre que podem os três ajudam outros funcionários que estejam com problemas. Como foi o caso da secretária executiva Alaíde Fonseca, que por causa de uma enxaqueca chegou a parar na mesa de reuniões para receber reiki dos colegas. Resultado? A enxaqueca foi embora.

 

FONTE: https://istoe.com.br/33342_TOQUE+DE+ENERGIA+/

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