A magia dos aromas

Durante o período Neolítico, as tribos mais primitivas adquiriram um vasto conhecimento sobre ervas, plantas e raízes. Nestas sociedades era função das mulheres a colheita e, portanto, tais conhecimentos foram passados de mãe para filha ao longo de milhares de anos.

No decorrer de muitos séculos, a utilização de plantas, extratos de ervas e óleos para a cura medicinal foram documentados pela maioria das culturas nativas, como sendo os únicos alívios para doenças epidêmicas. A Aromaterapia em sua forma primitiva fazia parte dos mais antigos métodos de cura. As civilizações Hindu, Árabe, Egípcia, Chinesa e do Mediterrâneo são as que possuem destacada atuação no desenvolvimento da Aromaterapia. Existem evidências do uso de óleos aromáticos utilizados para embalsamar múmias no antigo Egito.

Acredita-se que a história da Aromaterapia começou com a queima de madeiras, folhas, gravetos e eucaliptos perfumados na Antiguidade. Esta prática provavelmente apareceu a partir da descoberta de que algumas fogueiras, como as feitas de cipreste e cedro, perfumavam o ar quando eram queimadas.

No Egito Antigo, berço da medicina, perfumaria e farmácia, as plantas aromáticas eram utilizadas em rituais espirituais. Destilarias rudimentares eram usadas para se obter as preciosas gotas aromáticas, muitas comercializadas ao mesmo preço do ouro ou pedras preciosas. Foram amplamente utilizadas em vinhos aromáticos, como anestésicos e no processo de embalsamento.

Na Índia, as águas perfumadas, os métodos de tratamentos da medicina Ayurveda à base de plantas naturais, os perfumes, todos foram largamente empregados há mais de 5000 anos na medicina Védica. A canela, o cardamomo, o manjericão, o gengibre, o coentro, a mirra e muitas outras plantas estão presentes nas formulações de numerosas receitas terapêuticas, como banhos, massagens etc. Recentemente, na Índia, foram encontradas destilarias rudimentares, datadas de 3000 a.C.

O incenso não foi, portanto, a única utilização de fragrância nos tempos antigos. Em algum ponto entre os anos 7000 e 4000 a.C., as tribos neolíticas aprenderam que as gorduras dos animais, quando eram aquecidas, absorviam as propriedades aromáticas e curativas das plantas. Talvez folhas ou flores perfumadas tenham caído acidentalmente na gordura enquanto a carne estava sendo preparada na fogueira.

A informação obtida nesse acidente levou a outras descobertas: as plantas davam sabor à comida, ajudavam a curar ferimentos e suavizavam a pele seca de forma bem melhor que a gordura sem fragrância. Essas gorduras perfumadas, as precursoras das nossas modernas loções para massagem e para o corpo, perfumavam quem as usava, protegiam a pele e os cabelos das intempéries do tempo e dos insetos e relaxavam músculos doloridos. Elas também afetavam a energia e as emoções das pessoas.

Os Óleos Essenciais
O que são?

Os óleos essenciais são substâncias naturais, voláteis, extraídas, através da destilação, de minúsculos sacos moleculares de cada planta. Eles agem como hormônios reguladores e catalisadores.

Sua função na natureza com seu aroma característico é ajudar a planta a se adaptar ao meio ambiente, atrair abelhas e insetos polinizadores e proteger a planta contra insetos predadores e ervas daninhas.

Eles fazem parte do sistema imunológico da planta e são uma substância em separado criada por ela.

 

TEXTO: SÉRGIO OLENS

FONTE: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/horoscopo/a-magia-dos-aromas-7-oleos-essenciais-para-usar-no-dia-a-dia,4d0c539c402cba4a9e076d98fc4827f7s8ljg6a0.html

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